segunda-feira, 20 de setembro de 2010

CAPITULO II – UM INIMIGO PODEROSO APARECE

Após uma boa noite de sono, Arissia agradece a César pela noite, lhe paga, pega suas coisas e parte em direção a floresta de Velen novamente. Enquanto caminha em meio a floresta, Arissia se põe a pensar em sua atual jornada:
- Nossa, eu não acredito, meus pais foram heróis, me salvaram sabendo que eu tinha um futuro tão importante pela frente. E outra, como que eu vou conseguir encontra-los, eu nem sei por onde começar.
Esses pensamentos vinham à cabeça dela durante boa parte do caminho. Após muito pensar, Arissia resolveu:
- Tive uma idéia, na minha casa eu tenho um cristal de localização, talvez eu consiga usa-lo para encontrar pelo menos um ou dois dos escolhidos.
Dizendo isso, partiu em direção a casa. Chegando a casa, Arissia encontrou sua casa totalmente revirada, os moveis removidos de seus lugares, gavetas retiradas, papeis jogados no chão, frascos quebrados, etc.
- Mas... o que aconteceu aqui? – diz olhando para a bagunça deixada – Será que foram bandidos? Não pode ter sido, os itens mais valiosos foram deixados. Será que estavam a procura de algo em especifico?
Ela começa então a vasculhar o lugar na tentativa de descobrir se algo a havia sido levado.
- Meu cristal de localização, ele... ele sumiu. Mas porque alguém entraria aqui somente por um cristal de localização? Será que alguém não quer que eu encontre os escolhidos?
Dizendo isso, Arissia sai de dentro da casa.
- Então, você é aquela que chamam de Arissia? – diz uma voz misteriosa.
Arissia desembainha suas adagas e procura de onde vem a voz.
- Quem é você? – indaga Arissia.
- Você ainda não respondeu minha pergunta, você é a Arissia? – retruca a voz.
- E se eu for? Qual é o problema?
- Hehe, nenhum. Você me poupou um bom trabalho tendo aparecido aqui.
- Do que você está falando? Apareça.
- Muito bem então, por ter me poupado o trabalho de ti procurar, vou lhe conceder este favor.
Rapidamente após falar, uma figura aparece de costas atrás de Arissia. Ela se vira e dá alguns passos para trás.
- Agora vamos começar o jogo.
A voz vinha de um jovem de 1,75m de altura, vestia uma capa negra e um capuz cobrindo parcialmente o rosto, usava um peitoral de couro preto com uma cinta presa ao pescoço, tinha nos ombros uma ombreira de metal desenhada, no tórax havia uma placa de couro grosso preso com cintas e uma faixa branca comprida que ia até os pés, havia desenhado nela um símbolo arcano que significa “morte”, nas mãos havia uma luva de couro preta sem dedos presa com uma cinta no pulso, calçava um bota de metal comprida que ia até um pouco acima dos joelhos, segurava uma espada longa de um metro de comprimento e quinze centímetros, incluindo o cabo. O cabo é feito de ouro com um símbolo arcano simbolizando a vida e a morte.
- Diga agora, quem é você? – disse Arissia.
- Isso não importa, em poucos instantes você estará morta mesmo – respondeu o jovem.
- Morta? Mas por quê? O que eu ti fiz?
- A mim nada, mas você atrapalha os planos de meu mestre Calyu.
- Você trabalha para aquele maldito? Seu... seu...
- Eu pensava como você, eu queria consertar o mundo, torna-lo um lugar melhor, então meu mestre me convenceu de que ele o conseguiria assim que controlasse todo o poder do tempo e do espaço, e quando eu recebi este poder eu tive plena convicção de qual caminho eu seguiria.
Dizendo isso, colocou a mão por baixo da capa e retirou uma esfera negra, idêntica a de Arissia.
- Você é uma dos escolhidos? Mas como...
- Já lhe contei meus motivos. Meu objetivo é simples: eliminar todos os demais escolhidos. E eu farei ao que for preciso para que meu mestre cumpra seu destino. Vamos, chega de conversa. Vamos lutar.
Dito isso, apontou a espada na direção de Arissia, esta entra em guarda e se prepara para a batalha. O jovem investe ferozmente contra Arissia e a desfere um golpe com a espada, rapidamente ela se esquiva do golpe e move sua adaga contra o corpo do jovem, este desaparece e reaparece acima dela. Segurando a espada nas duas mãos, ele executa um ataque muito forte contra Arissia, ela cruza as adagas na direção do golpe para bloqueá-lo. Quando acontece o choque das laminas, uma pequena nuvem de poeira se levanta do chão, ambos, com suas armas encostadas, forçam-nas uma contra a outra.
- Você não tem força para me deter, você é fraca, patética – disse o jovem.
Dizendo isso, ele deu a derruba com uma rasteira e a ataca com a espada, Arissia rola para o lado e desvia do golpe, a espada do jovem fica presa no chão devido ao ataque. Arissia, aproveitando-se da situação, se levanta em um pulo e desfere um golpe, o jovem solta a espada e desvia do golpe, mas sofre um corte superficial no rosto. O jovem passa a mão no rosto, limpa o sangue e, olhando para a mão, diz:
- Você vai pagar por isso. Daqui a pouco você implorará pela morte.
- Eu não tenho medo de você, eu tenho meu próprio destino. Eu dependo de você tal como você depende de mim.
- Eu não dependo de ninguém, somente de meu mestre. Chega de papo e vamos terminar com isso.
- Tem razão, vamos terminar com isso.
Arissia parte para cima do jovem como uma manada de búfalos em estouro desferindo diversos golpes. O jovem, recuando, desvia dos golpes enquanto proclama algumas palavras estranhas.
- Seja lá o que você esteja tentando fazer, não permitirei que o faça.
E, partindo com toda a fúria possível, executa um corte em forma de “X” com ambas a adagas contra o jovem, este salta para trás e desvia do golpe.
- Não é possível, como? – diz Arissia.
- Agora é a minha vez – diz o jovem com um olhar maldoso.
Uma esfera negra inconstante começa a se formar nas palmas das mãos do jovem, relâmpagos negros cercavam e eram emitidos pela esfera, sons fortes de relâmpago também eram emitidos por ela. Arissia, espantada com aquilo disse:
- Mas o que é isso?
Sem responder, o jovem investe contra Arissia. Ela executa um ataque contra o jovem, porem este se esquiva e, jogando as mãos contra o corpo de Arissia, diz:
- Agora está tudo acabado. Globe ex obscurum.
As esferas se chocam contra o corpo de Arissia, criando uma explosão negra que a envolve por completo, parte do chão se despedaça criando uma cratera de mais ou menos três metros de raio. O corpo de Arissia é arremessado ferozmente pela explosão contra a parede de sua casa. Seu corpo vai ao chão ainda encostado na parede. O jovem lentamente pega sua espada e se aproxima do corpo de Arissia. Este estava com diversas escoriações, minava sangue pela boca e por algumas feridas pelo corpo, tinha pequenos espasmos enquanto pequenos relâmpagos negros passavam por seu corpo, sua respiração e seus batimentos cardíacos eram muito fracos. Suas armas ainda estavam em suas mãos, apesar destas estarem completamente imóveis.
- Patética, esta era uma das escolhidas? Humpf, fraca demais. Espero que todos sejam assim, facilitará muito meu trabalho.
O jovem observa a cena até que, enfim, Arissia dá um suspiro e, soltando as armas, desfalece. Ele vira de costas e parte em direção a saída da floresta.

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