terça-feira, 23 de novembro de 2010

CAPITULO VIII - Historias de um cavaleiro

- Quem é você? – perguntou Arissia.
A figura se volta para ela e não diz uma só palavra. Quando a luz começa a se dissipar, Arissia começa a ver a que a figura se tratava de um ser humanóide de mais ou menos 1,75 de altura trajando uma armadura de placas branca com detalhes dourados com o peitoral azul escuro, usava um capacete da mesma cor que a armadura com uma “crista” fina em cima, as ombreias eram bem grandes e divididas, formando um “V” na parte de cima, ele usava uma capa de cor azul, em uma das mãos segurava uma espada larga de 1m de comprimento com o cabo preto e dourado e na outra um escudo grande de 90cm de raio com a borda dourada, um circulo azul escuro no centro com um M em branco e, formando um “X”, havia uma faixa branca dividindo-o em quatro partes, com cada parte em azul escuro. Os zumbis, ainda meio atordoados, começam a atacar o jovem que, sem hesitar, ataca impetuosamente os zumbis com a espada, desferindo golpes certeiros contra eles. Muito sangue jorrava dos corpos dos zumbis, braços, cabeças e troncos caiam no chão, já sem vida, após o corte da espada, tornando o lugar um verdadeiro campo de batalha. Arissia ficou estática, sentada no chão assistindo tal cena incrível quando um grupo de zumbis parte pra cima dela, ela rasteja para trás e, quando prestes a sacar suas adagas, o jovem, ao balançar sua espada na direção dos zumbis, conjura:
- Undo of lux lucis.
E uma faixa de luz branca surge com o passar da espada no ar e começa a se mover rapidamente na direção do grupo de zumbis. Quando os zumbis estavam quase em cima de Arissia, a faixa de luz atravessa o corpo deles, dividindo-os em dois. Quando o ultimo zumbi caiu, o jovem guarda sua espada e Arissia, indo em sua direção, diz:
- Muito obrigada, você salvou a minha vida.
O jovem permanece calado.
- Bem... Você ainda não me disse seu nome – disse Arissia, meio sem jeito.
- Meu nome... é ... Henrique – respodeu lentamente o jovem.
- Bem Henrique, prazer em conhecê-lo. Mas o que você faz aqui?
- Eu moro aqui... Esta é minha cidade natal.
- Você mora aqui? Mas...
- Ele estava atrás de mim... Não sei a razão... Quando um exercito de criaturas atacou... Ninguém foi poupado... Nem as crianças, nem os idosos... eu fui o único sobrevivente.
- Nossa que horrível... Você disse que ele estava atrás de você? Então...
- Ele disse... que procurava pelo escolhido... que procurava pelo possuidor disto.
Dizendo isso, Henrique tirou uma esfera de cor marrom detrás de seu escudo.
- Você é um dos escolhidos – disse Arissia, com grande alegria – eu... eu nem sei o que dizer para expressar o que eu estou sentindo. Eu também possuo uma esfera dessa. Veja.
Arissia, então, tira de sua bolsa sua esfera. Ao aproximá-la da esfera de Henrique, ambas começam a emitir uma luz da cor da esfera muito intensa.
- Nossa, incrível – disse Arissia.
- Não há nada de incrível... essa coisa... é uma maldição... por causa disto... toda minha família foi morta... isso nunca me trouxe nada de bom – disse Henrique, com um tom de fúria na voz.
- Mas o que aconteceu de tão ruim?
- Vou lhe contar... minha historia... desde antes de encontrar esta esfera... até os dias atuais.
Ambos se sentam em um banco na varanda de uma casa.
- Eu nasci nessa cidade... há 20 anos atrás... meu pai era o guarda da cidade... minha mãe tomava conta de mim e de meus três irmãos... eu era o mais novo, o mais velho se chamava John... nos dias de folga, meu pai nos treinava em combate... quando meu irmão fez 16 anos, ele entrou na academia da guarda... um ano depois ele se tornou um soldado da guarda... durante uma campanha contra os Orcs da garra de bronze, meu irmão foi ferido gravemente e morreu... meus pais ficaram muito abalados com sua morte... eu tinha 7 anos na época... foi terrível perder meu irmão mais chegado.
- Nossa, que horrível. Mas e ai? Continue, por favor.
- Minha mãe mandou meu pai parar de nos treinar... proibiu que entrássemos para a guarda... mas meu pai já pensava o contrario... ele pensava que meu irmão morreu por culpa dele... porque ele não soube nos treinar direito... então ele tornou o treinamento ainda mais intenso... começou a nos ensinar magias e skills... quando eu fiquei mais velho, com uns 12 anos... meu pai começou a me treinar em batalhas reais, sem minha mãe saber... treinávamos horas atacando criaturas poderosas como ogros, orcs e basiliscos... aprendi muita coisa com meu pai... com 16 anos me tornei um Cavaleiro Sagrado, controlador das habilidades da luz... fiquei dois anos treinando na academia até aperfeiçoar minhas habilidades e magias... depois me uni a Cavalaria sagrada, onde servi por um ano... até o dia em que eu encontrei essa maldita esfera.
- Como foi que você a encontrou?
- Eu estava em uma campanha contra os Cavaleiros da Morte nas terras de Underchasm... quando eu vi essa esfera pendurada no pescoço de um dos cavaleiros... investi contra o cavaleiro e cortei-lhe a cabeça... quando desci do cavalo para pegar a esfera, esta começou a levitar... quando eu a toquei, uma luz me envolveu e eu comecei a ouvir uma voz... ela me dizia que eu havia sido escolhido para salvar este mundo... que eu seria consagrado com uma grande dádiva dada a poucas pessoas... e que eu deveria estar pronto para quando a hora chegasse... a hora em que eu seria necessário... depois que eu voltei a consciência, essa armadura começou a se formar em meu corpo... tentei tira-la, mas não consegui... parece que ela se ligou a minha própria pele.
- Foi quase a mesma coisa comigo, uma voz estranha me disse que eu havia sido escolhida para salvar o mundo também, e que eu deveria reunir os demais escolhidos, só que não recebi nada de incomum como você. Mas e depois, o que aconteceu?
- Eu voltei para Ormpur... quando aquele maldito Calyu apareceu aqui... me fez uma oferta de Aliança... eu não aceitei, porque não confiei nele desde o inicio... ele me disse que tudo bem, mas que isso não terminaria ali... alguns dias depois, esse Wesley chegou a cidade a minha procura... o povo da cidade disse para que eu partisse, pra minha própria segurança... saí da cidade e vaguei por toda a Darakin, fugindo deste bastardo do Calyu... quando finalmente ele percebeu o jeito mais fácil de me encontrar... ele decidiu destruir minha cidade para me atrair de volta... o resto você já sabe.
- Que terrível.
- Esses eram meus amigos... minha família... – disse Henrique olhado para os corpos espalhados pelo chão e, olhando para a mão, continua - tudo por causa desta maldita esfera.
- Não pense assim. Meus pais foram mortos pelas mãos desse Calyu porque não quiseram me entregar para ele. Eu sei bem o que você está passando. Mas pense assim: eles se sacrificaram para que você vivesse, então não torne o sacrifício deles vão. Cumpra seu destino, cumpra aquilo que eles deram a vida para defender.
Arissia vai até Henrique, coloca a mão direita em seu ombro e diz:
- Venha comigo, vamos cumprir juntos o nosso destino. O que me diz?
Henrique levanta a cabeça e, olhando para ela, diz:
- Muito bem então, vou fazer isso, em honra de meus amigos, de minha família e de meu ideal de justiça.
- É assim que se fala.
- Mas e agora Arissia, o que nós faremos... Qual será o nosso próximo passo?
- Bem, eu ainda não sei, temos de encontrar um local que possa nos oferecer alguma informação acerca dos demais escolhidos.
- Há uma cidade chamada Theymarsh ao norte... pode ser uma boa opção.
- Muito bem, então vamos para Theymarsh pela manhã, por hora vamos descansar porque essa jornada está somente no começo, até o momento somente o primeiro passo foi dado.
E, dizendo isso, foram descansar dentro de uma das casas.

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